Viagens, culturas, aventuras, montanhas, escaladas, trilhas, fotografia e filmes da natureza.

“Para viajar basta existir. ... Fernando Pessoa

24 de fevereiro de 2010

7 dias no Malaui

Por uma combinacao de oportunidade e tempo, acabei com um visto de transito, valido por 7 dias no Malaui. Custo do visto de transito: US$50.
Sem muita informacao sobre as relacoes diplomaticas com o Brasil, segui em direcao a fronteira mais movimentada conhecida por corredor Tete. Na entrada, o oficial da imigracao me informou que deveria ter o visto, gentilmente redigiu uma carta e me instruiu a oficializar o visto em Blantyre.
Ha casas de cambio acerca, o dolar no mercado negro vale mais que no oficial e um pouco mais ainda com o mesmo oficial na imigracao... penso que a colonizacao britanica deixou as pessoas mais tranquilas, afinal que pais se entra sem visto e faz cambio na fronteira?
O relevo tambem difere. Quebrando a monotonia das planicies mocambicanas, as montanhas do Malaui guardam lagos de aguas transparentes ou surgem como grandes blocos de pedra.
Cape McClear, baias de Monkey, Senga e Nkata sao opcoes para curtir praias de areia clara e agua doce do lago Malaui. Uma opcao de locomocao e o ferry Ilala que ha 50 anos transporta turistas, locais e cargas uma vez por semana entre os principais portos, de norte a sul do grande lago. Por vezes, o ferry avanca a fronteira com o Mocambique e um visto temporario e emitido. Snorkelling, caiaque ou mergulho sao opcoes para explorar as aguas. Fiquei com a primeira opcao, devido a agenda apertada. Conheci os peixes coloridos de agua doce que insistiam em me cumprimentar.
O macico de Mulange e cercado por plantacoes de cha. Possui belas trilhas, cachoeiras e boa escalada em rocha. No topo da montanha mais alta encontro a placa em homenagem ao conterraneo Gabriel Butchmann que conheceu esse povo tranquilo de muitos sorrisos:
"Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma nao e pequena".

15 de fevereiro de 2010

Mozu


Entre coqueiros


Maputo, capital


Mercado Central


Na sombra


Quer mais?


Ferry para Catembe
Brisa refrescante

Mare alta


As cores da Africa


Mare baixa

13 de fevereiro de 2010

Bem vindo a Mocambique

Assim mesmo, em portugues. Brasil e Mocambique sao irmaos de colonia, herdando e gerando muitas caracteristicas em comum.
A principal e a lingua potuguesa, apesar dos locais falarem as linguas tribais, o portugues e a lingua comum entre os mocambicanos. Tem um sotaque que lembra o portugues de Portugal porem com uma velocidade totalmente africana. Trem tambem e comboio, banheiro tambem e casa de banho, mas cafe da manha e mata bicho. A nossa querida feijoada 'e facil encontrar nos restaurantes, com a substituicao da carne de porco pela populacao muculmana.
Foi facil atualizar o que esta se passando no Brasil, so ligar a televisao. Enchentes de Sao Paulo, programas de entrevistas e os favoritos: novelas.
A diferenca vem do passado recente da guerra civil ilustrada em sua bandeira: e o unico pais que possui uma AK-47 entre cores de sangue e luto. Expressa tambem um pouco da personalidade das pessoas, um pouco mais agitadas que o geral da Africa.
A calmaria facilmente substitui esse passado em seu belo litoral com praias de aguas mornas e cristalinas. O mergulho e fantastico: corais, peixes do oceano indico e grandes animais como raias manta e tubaroes baleia.

Transferencia de Continentes

Apos uma jornada entre conexoes em aeroportos, voos cancelados e atrasados em Delhi devido a densa neblina, espera de dias para o proximo voo em Mumbai, aterrisso em Joanesburgo.
Um novo continente: Africa.
Joanesburgo segue o estilo de sua colonizacao britanica. Os unicos predios estao concentrados no centro da cidade, as casas se espalham pelas ruas super arborizadas. Tem um ar de cidade do interior, mas desenvolvida.
Foi uma passagem rapida, a Africa do Sul foi minha entrada e sera minha saida.

3 de fevereiro de 2010

Sem praia na Tailandia











O norte da Tailandia e completamente diferente do sul: nao ha praias, ha montanhas; nao ha muitos turistas, ha chineses; nao ha frutos do mar, ha plantacoes de cha.

As capitais das provincias, como Chiang Mai e Chiang Rai, tem feiras de artesanato coloridas e agito noturno. As cidades pequenas sao boas para entrar em contato com a natureza. Com relevo montanhoso, as plantacoes em patamares desenham linhas de altitude como em mapas topograficos, rios e cachoeiras se formam em parques nacionais. Mae Salong tem um passado de refugiados chineses e muitas plantacoes de cha. Em Pai, os bangalos avancam sobre as plantacoes de arroz, crescimento constante. Ainda bem mais tranquilo que o agito das praias do sul do pais.