Viagens, culturas, aventuras, montanhas, escaladas, trilhas, fotografia e filmes da natureza.

“Para viajar basta existir. ... Fernando Pessoa

31 de maio de 2011

No Coração da Amazônia



Entre a viagem de barco de Manaus a Belém, a cerca de uma hora de Santarém, encontro um paraíso de água doce provido pelo grande Rio Tapajós. Alter do Chão possui praias com águas calmas e transparentes e muitos botos. Só fique atento ao período das chuvas, você pode se sentir enganado já que nessa época do ano as praias simplesmente desaparecem.


A comunindios nos acolheu nos primeiros dias no meio de muito verde e muita paz. A pequena vila possui bares e restaurantes ao redor da praça principal. Para ter acesso a praia e necessário atravessar o braço do rio que pode ser feita a nado ou nas pequenas embarcações que vão e voltam até cair o dia.


Perto de Alter encontramos a Fordlândia, hoje uma cidade fantasma com estruturas de galpões e casas que são testemunhas da história. Henry Ford, no final da década de 30, investiu na região com a intenção de suprir borracha para a fabricação de seus automóveis. O choque cultural combinado com o aparecimento de uma praga nas seringueiras contribuíram para sua decadência, mas o motivo principal foi o aparecimento da borracha sintética.


Os turistas, brasileiros e estrangeiros, se deleitam com a atmosfera tranquila da pequena vila entre praias e passeios de barco para observar os botos que aparecem no final do dia. Na Ponta do Cururu, as pessoas parecem caminhar sobre a água. Um belo pôr do sol encerrou nossa estadia no Caribe Amazônico.

4 de maio de 2011

O Rio Amazonas, de Manaus a Santarém



Atravessar a Amazônia é um desafio. Uma densa floresta cria uma barreira natural contra a civilização. Com estradas precárias o único meio de transporte viável é feito pelo grande Rio Amazonas que corta o norte do Brasil.



O Rio Amazonas nasce no Peru, entra no Brasil com o nome de Solimões e no encontro com as águas do Rio Negro em Manaus, recebe o nome de Amazonas. É o maior rio do mundo tanto em volume quanto em comprimento (de acordo com estudos realizados em 2007), e provê 20% de água doce do mundo.



O barco saiu de Manaus ao meio-dia brasileiro. As redes formam um emaranhado, difícil encontrar de cara sua rede nesse labirinto.
O encontro das águas do Rio Negro com o Solimões acontece logo depois que saímos da cidade. Por quilômetros vemos um estampado de manchas escuras e águas barrentas até enfim elas se misturarem.



A paisagem é sempre a mesma com as margens planas da bacia amazônica bem ao longe. A largura do rio chega a 50 quilômetros. Cruzamos algumas embarcações e ultrapassamos outras. A viagem é agitada ao som do brega, ritmo dominante da região norte.



Depois de dois dias e muita conversa, chegamos em Santarém onde resolvi dar uma parada da longa viagem de barco. Qual não foi minha surpresa ao conhecer o que está escondido no coração da Amazônia.