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“Para viajar basta existir. ... Fernando Pessoa

12 de julho de 2011

Ponto final: Belém

Novas amizades

Segunda e última parte da viagem de barco pelo Rio Amazonas. Depois de uma certa correria pelas ruas de Santarém, entramos no barco com destino a Belém. A amizade com os argentinos que tocam samba e cantam em português consolida e novas amizades foram feitas.


Samba argentino

As margens continuam cada vez mais distantes no primeiro dia, o rio segue imponente ao longo do horizonte. Só vemos algumas casas e criações de gado ao longe. Com tempo de sobra sob uma certo confinamento, conhecemos muitas pessoas e recebemos algumas visitas inesperadas .


E agora, como eu saio daqui?

Conhecemos o Superman no almoço. Fiquei surpresa quando me disse que era paraense: pele branca, claríssima, alto, olhos azuis. Pode ter sido resultado da imigração do ciclo da borracha na metade do século XIX ou dos povos do sul em busca de terras em 1970, sei que ele é a cara do ator americano Christopher Reeve, o eterno Super-Homem.


Origens diferentes no mesmo barco

No segundo dia, o barco entra no estreito de Breves e ficamos muito próximos às margens. Foi bem interessante nos aproximar da vida ribeirinha com suas casas palafitadas, algumas interligadas por passarelas flutuantes. Sem energia elétrica esses caboclos vivem no sobe e desce da água fazendo do rio seu lar. Lavam suas roupas, limpam peixes, pintam suas casas e as crianças se divertem entre um banho de rio e outro.


Vendo a vida passar

Mercadorias aparecem pelas canoas ribeirinhas. Os vendedores, na maioria apenas meninos, aproximam dos barcos e engancham um pedaço de ferro depois amarram a canoa em uma verdadeira cena de ação, pois tudo isso é feito com o barco em movimento. Palmito, côco, cacau, açaí e um apetitoso camarão.


Camarão a bordo

Anoiteceu, depois da janta e de muita conversa, a velocidade do barco diminui drasticamente, o canhão de luz se agita e não para, era o mestre tentando encontrar a entrada do regato que devíamos tomar. A margem chegava cada vez mais perto, por um momento achei que íamos bater ou encalhar. O barco foi virando e em uma velocidade mínima entramos no pequeno braço do rio para dar sequência a viagem. Os rios são estradas na Amazônia, os estreitos, travessas.

Recebe doações

Amanheceu e os preparativos para o desembarque começaram cedo. É hora de desarmar a rede e arrumar a mochila. Perto de meio-dia avistamos Belém ao longe, nosso ponto final da viagem de barco pela Amazônia. Uma experiência fantástica nesse vasto Brasil Norte, a maior região do país.

Belém à vista

2 comentários:

  1. Olá,

    Muito bonita a cidade de Belém com pelas paisagens naturais e com sua culinária que deve ser muito saborosa. Fiquei bem curiosa para saber como é um samba a voz dos nossos hermanos.

    Abraços,
    Verônica
    www.falaturista.com.br/destino/hotel-sao-paulo

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  2. Olá Verônica,
    o nome do grupo é Saravá Samba, olha uma amostra:
    http://www.facebook.com/photo.php?v=1096543706905

    Fazem um samba bonito.

    Abraços,
    Emilia

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